No mês de agosto nós brasileiros comemoramos o dia dos pais. Nada melhor do que aproveitar essa data para lembrarmos um homem que foi muito importante na política brasileira e que, como pai, deixou como herança, direitos que até então não existiam para a classe proletária brasileira.
Nos vinte e quatro anos Getúlio Vargas administrou o país, às vezes com mão de ferro, mas sempre com habilidade, conseguindo edificar o Estado de Compromisso revelando uma extraordinária sensibilidade, pois sabia exatamente como agir para obter o apoio deste ou daquele grupo social.
Assim, se sua legislação trabalhista e suas práticas populistas transformaram-no no Pai dos Pobres, ele foi igualmente a Mãe dos Ricos – pois as concessões paternalistas que fez, aliadas ao controle sobre os sindicatos, mantiveram os trabalhadores satisfeitos; ora, sem greves ou manifestações de desagrado dos empregados, os lucros fluíam naturalmente para os cofres dos empregadores.
Não obstante, Vargas não era apenas um cérebro privilegiado, servido por sensores aguçados. Ele foi também um homem de lealdades: lealdade à família, lealdade aos amigos, e, sobretudo, lealdade ao Brasil foram constantes em seu comportamento.
Excetuando-se Dom Pedro II, que governou durante 49 anos, nenhum brasileiro dominou por tanto tempo – 24 anos – o cenário político nacional.
E como almejou através da sua carta testamento ele realmente saiu da vida para entrar na eternidade, visto que, Vargas deve ser lembrado porque foi um homem que amou o poder. Não o poder como um meio, sugerido por Maquiavel, mas como um fim em si mesmo, até como uma realização pessoal. Governar foi seu objetivo supremo – inclusive como forma de servir o País.
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